domingo, 6 de janeiro de 2013

Pétalas

Há tempos onde é necessário admirar todas as belezas que estão ao nosso redor. Vivemos em um agridoce contínuo, infinito. De certo, o mundo não possui os lamentos necessários, mas quem se importa? As doçuras, de fato, não precisam ficar submersas por toda eternidade, temos tempo para aproveitá-las, e do jeito que quisermos.

Certas chances não podem ficar resguardadas por pura angústia e descrença no surreal, esse pode ser praticado apesar de todas violações que representa. Não suponho que esqueçamos da péssima herança e enfadonha realidade, mas é necessário nos desprendermos de consternadas naturalidades e axiomas malvistos. Precisamos de um tempo nulo e vão, de esquecimento e leveza, de um olhar impuro e agradável. Não podemos viver sem alcançar a nota harmônica!

Não, de nada vale tanto desespero. Porém, ainda rechaço a concórdia que estamos acostumados a buscar, essa é não tão deslumbrante - mas, certo, fiquem de lado essas trivialidades. Convém dizer que podemos esquecer os pessimismos. É tão ambíguo nosso congraçamento que sua essência está em nosso desconcerto. Desconcerto não total, porque existem belezas. Sim, existem belezas!

Que tudo se esqueça, deixar-se-á de lado os óbices e a tenebrosidade. Agitemo-nos em busca do que é excelso, flutuemos sobre os encantamentos que ousamos esquecer. Nossa vida é sublime, há a necessidade de sermos solícitos para atender os impulsos dela.

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